Páginas

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A PROPÓSITO DE PARIDADE - OS PESOS E AS MEDIDAS

Em 2015 passou na RTP2 uma série dinamarquesa fabulosa – Borgen – que retrata a ascensão da líder de um pequeno partido a primeira ministra; o marido foi incapaz de aguentar a pressão mediática, as cedências e os sacrifícios inerentes à função da mulher, terminando o casamento em divórcio; enquanto isso, a mulher do ex-primeiro ministro dinamarquês era profundamente infeliz e compensava a frustração estourando o plafond dos cartões de crédito do marido, só que não se divorciou… Pois é, das mulheres deles, tudo se espera, já os maridos delas são seres frágeis e sensíveis que sentem imenso a falta do tempero dos cozinhados das caras metade, coitados…

Faz-me lembrar uma anedota (muito, mas muito mesmo...) machista que relata o encontro de duas amigas (portuguesas) que não se vêem há muito e começam a por em dia a vida dos respectivos rebentos – um rebento feminino duma e um masculino da outra. A mãe da menina não parava de falar na sorte que a dita tinha tido com o casamento, pois não era que o marido – americano – lhe levava o pequeno-almoço à cama, e fazia churrascos e ia às compras e lavava a loiça. 
Sorte, muito sorte” não se cansava de repetir. 
E O teu filho?”, perguntou à outra, que lhe devolveu um acintoso “O meu filho não teve sorte nenhuma, casou com uma americana…
Pois é, dois pesos, duas medidas…

Sem comentários:

Enviar um comentário