O
móvel chinês, de metal dourado, uma caixa mágica, trazido pelo padrasto de meu
pai nas suas viagens de marinheiro mercante, vim a descobrir, já na idade
adulta, que não era senão um bar, um bar que se abria completamente - duas portas cimeiras, duas portas frontais, ambas as aberturas delicadamente suportadas por um sistema de dobradiças, que já acusam a passagem do tempo – e que nos convidam a explorar um interior espelhado, suportes de copos, copos nos suportes, alguns
licores engarrafados, tudo envolvido por um cheiro fugaz a humidade alcoólica.
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