As letras vivem tristes,
estão sozinhas. Precisam dum fio que as junte e de agulhas que as tricotem –
ponto baixo, ponto alto, meia, mousse, ponto de arroz e ponto inglês, canelado
ou elástico, ajour, ourela, malha irlandesa e norueguesa… – para passarem de
letras a palavras, de palavras a frases e de frases a textos.
Se o fio é o pensamento e
os dedos o talento, das canetas, quais agulhas, nascem textos, que são os tecidos
da mente.
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