Vejo rostos apressados em cima de corpos que se movem quietos, direitos, dentro de máquinas com rodas que andam sozinhas e produzem ruídos estranhos. Há filas intermináveis dessas máquinas de lata e quatro rodas, às vezes só duas. Buzinas estridentes assustam-me porque não sei de onde vêm. De cada lado dessas ruas há outras máquinas de lata, paradas, e depois delas outras ruas contíguas a casas altas com muitas janelas, muito alinhadas e ordenadas. Estas ruas só têm pessoas, que caminham rápido, sacos nas mãos, algumas falando e gesticulando mas estão sozinhas, não se percebe para quem e com quem falam.
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